domingo, 22 de setembro de 2019

Postagem da 01:10

Uma madrugada qualquer. Um instante qualquer de insônia. O som das teclas ecoava como pontos mortos na sua consciência. E ela pensava se qualquer um se importava, se haveria mais alguém às 3 e 10 da madrugada pensando na falta de sentido da vida, também. A luta incessante das pessoas pela vida em contraponto da facilidade com que elas mesmas promoviam a própria destruição. Os carros correndo da avenida molhada pela chuva que caia como gotas de orvalho e mesmo àquela hora haviam carros brandindo pelo asfalto como se nunca fossem chegar em seus destinos. E talvez não chegassem. Esses indivíduos construíam suas vidas como castelos de cartas de baralho, mas com um descuido puxavam a carta que sustentava a base e em menos de um segundo, tudo aquilo que demorara tanto para ser construído se desfazia em tristezas fragmentadas, pequenas unidades de ira e desgosto. Assim é a maioria dos relacionamentos humanos; família, amor, trabalho. Tudo se mantém, até que a última gota que faltava para inundar tudo jorra de algum lugar inesperado. Apesar de todos tentarem tapar as "goteiras" ao invés de achar a raiz do problema. E o problema , qual é? O egoísmo. Porque quem não vê que mesmo quando tenta ser altruísta o ser humano está pensando na auto-satisfação, o desejo de sentir-se superior, ser mais benevolentes que os demais? Sentir-se o mais caridoso. Afinal, todos estão preocupados com as próprias cartas, em sustentar as bases do SEU CASTELO, em ter uma jogada ou carta na manga, ao invés da verdade estampada no rosto.

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